Júpiter, o poderoso chefão...
Longe de ser o
gangster dos filmes de Coppola*, Júpiter ou sua representação grega Zeus, era o
majestoso o senhor dos deuses e filho de Cronos,
que reinava sobre os limites do universo. Do alto do Olimpo, Zeus era
onisciente, compassivo e benevolente, e olhava para a terra distribuindo o bem
e o mal, e protegendo os mais fracos e inocentes. Apesar de sua ciumenta esposa
Hera, Zeus se envolvia em muitos casos extraconjugais, de MANEIRA IMPULSIVA.
Mesmo quando não correspondido, Zeus não deixava de insistir e buscar seus OBJETIVOS
MUTÁVEIS. Ator nato, atuava sob vários disfarces para despistar sua
controladora esposa Hera. Dos seus numerosos casos extraconjugais frutificaram
vários filhos (semi-deuses), cujo suas criações, aos outros confiava.
Não, qualquer
semelhança com o arquétipo de sagitário não é mera coincidência! Várias histórias episódicas da mitologia grega
sobre Zeus-Júpiter personificam a ideia do arquétipo sagitariano, regido por
Júpiter. Na própria história do seu nascimento,
Zeus, que era destinado a ser devorado pelo pai Cronos, foi escondido pela mãe Réia na terra em uma gruta na ilha de
Creta. Em seu lugar foi oferecido a Cronos uma pedra enrolada em
linhos, o qual a devorou convencido que se tratava do filho. Quando Zeus, já crescido e forte ficou
sabendo de seu destino, tramou e destronou o pai, e o obrigou a vomitar todos
os filhos por ele devorados, inclusive a pedra engolida em seu lugar. A pedra
foi colocada em Delfos como símbolo de LIBERDADE. Por libertar os Ciclopes que
seu avô Urano aprisionara, Zeus recebeu o raio e o trovão como seus
instrumentos de JUSTIÇA. Assim também, o mito dos gigantes na revolta contra o
Olimpo, liderada por Zeus e conduzida por Tifão, simboliza o bem que se opõe ao
mal, da imanência contra a transcendência e a DUALIDADE DA MATÉRIA-ESPÍRITO.
Diante de tanta mitologia, o que podemos aprender sobre Júpiter no nosso mapa natal? Primeiro devemos saber que para a astrologia, Júpiter trata-se de um planeta social, e não traz significado de traços da nossa personalidade em si, como os planetas pessoais (sol, lua, mercúrio, vênus e marte); mas fala de aspectos de interações sociais do indivíduo. Porém na figura do expansivo planeta, Júpiter expande tudo o que toca, e pode sim exagerar traços pessoais do indivíduo aos quais se liga sob aspectos com os planetas pessoais. Socialmente ele representa as leis morais, o avanço da sociedade, das filosofias e religiões.
Isoladamente,
seus principais significados são a abundância, crescimento, oportunidades,
sorte, justiça e moralidade. Também representa as longas viagens, a educação
superior, a religião e as leis. Por isso ele é conhecido como o planeta mais
benéfico do mapa astral. A casa astrológica onde ele se encontra, influencia em
geral, beneficamente a área da vida representada pela casa, e traz os seus
significados (abundância, crescimento etc.). Há sempre uma “boa sorte” para seus
temas, como se houvesse uma provisão divina diante das dificuldades. Para a
astrologia moderna, Júpiter é regente e carrega em si os significados dos
arquétipos de Sagitário/casa 9 - filosofias, viagens longas, a fé, e a
sabedoria relacionada ao pensamento abstrato. Como também de Peixes/casa 12
(junto com Netuno) - a transcendência, o amor universal, a união da parte com o
todo, as leis universais. Por isto, onde Júpiter se encontra, os temas e
conflitos destas casas estarão sempre presentes.
Nem vilão, nem mocinho, o poderoso Zeus traz acima de tudo, bom humor e aquela fé de que no final, tudo vai dar certo. Tem como não amar Júpiter?
Autor: Marcus Vinicius Telles Teixeira – mtellesteixeira@gmail.com
* The Godfather (O Poderoso Chefão) é um filme norte-americano de 1972,
dirigido por Francis Ford Coppola, baseado no livro homônimo escrito por Mario
Puzo.
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